domingo, 8 de março de 2009

Watchmen

Irei começar por dizer que não sou nem de perto nem de longe um seguidor do comic “Watchmen”, o que sei sobre este culto é muito pouco e sei-o à relativamente pouco tempo, com isto dito, passemos ao filme.
O filme é um delírio visual conjugado com momentos de maior intimidade entre as personagens, o que serve para nos ligarmos a elas (sejamos ou não seguidores de longa data da obra de Alan Moore), com esses trechos de maior intimidade das personagens, o espectador fica a conhece-las melhor, ficando a saber o que as move, que acontecimentos lhes moldou as personalidades, qual a relação que têm entre sim e sobretudo a complexidade de cada uma.
“Watchmen” é mais do que um filme sobre super heróis de mascara e capa que combatem o mal, é muito mais que isso, ao longo de todo o filme o conceito de justiça está presente e é nele que o filme se distingue dos demais, não é apenas a luta do bem contra o mal, é a forma como cada personagem vê e pratica essa mesma justiça. A relação entre as várias personagens e a complexidade de cada uma, foi aquilo que mais me surpreendeu pela positiva, confesso que assim fosse. Cada personagem podia ser alvo do seu próprio filme, tal é a força e emotividade com que cada uma foi criada, sem dúvida, são mais do que meros super heróis vigilantes de uma América escura e sem brilho. Já que falo das personagens, confesso que se tivesse que escolher uma favorita, a escolha só poderia ser uma, Rorschach e não é pela meia, mas sim porque… pensando melhor acho que não tenho necessidade para me justificar nesta escolha.
Zack Snyder que já tinha conseguido adaptar para o cinema uma outra obra de culto, “300” de Frank Miller, com bastante sucesso, volta novamente a sair por cima de uma missão que muitos apontavam como um fracasso antes do seu inicio, mas o realizador, um confesso admirador da obra, provou que tem um toque especial no que diz respeito a adaptações de graphics novels para a sétima arte e consegue, mais uma vez, realizar um excelente filme.
Não poderia deixar de referir o genérico do filme, é excelente, parecendo um decalque integral das páginas da obra de Alan Moore e, onde a música que o atravessa, assenta na perfeição.

1 comentário:

Fátima disse...

Tinha de ser Bob Dylan no genérico! =) Mas sim, confesso, apesar das minhas implicâncias em termos de história, o filme é bom